domingo, 7 de abril de 2013

Planta-paz


Garra por fora, chôro por dentro, chóro por dentro: chorinho!
Emprestando o que não tem
Aos que de fora apenas dizem:
Ah! Se eu fosse assim

Por dentro, apenas menino
Dura vida, mas a vida dura
Calado por dentro, sorrisos e bocas por fora

Flores e sonhos e sonos perdidos
Miséria, crime, versos, ventos
Prefiro assim
Na lealdade que me cabe

O que incomoda acaba por se acomodar
De um jeito tão simples, singelo
Que vira amigo, que faz abrigo
Sempre caberá

Coisa de pele, pirraça
De papel principal de uma vida em preto e branco
Me deixa regar a vida como quiser
Rememorar o passado que não veio e devanear

Delinear o presente, remeter o futuro por via postal
Asa azul de um anjo, que não vai chegar
No vai-vem do que eu não sei
Revolução do raciocínio, coração

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