Garra por fora, chôro por dentro, chóro por
dentro: chorinho!
Emprestando o que não tem
Aos que de fora apenas
dizem:
Ah! Se eu fosse assim
Por dentro, apenas menino
Dura vida, mas a vida dura
Calado por dentro, sorrisos
e bocas por fora
Flores e sonhos e sonos
perdidos
Miséria, crime, versos,
ventos
Prefiro assim
Na lealdade que me cabe
O que incomoda acaba por se
acomodar
De um jeito tão simples,
singelo
Que vira amigo, que faz
abrigo
Sempre caberá
Coisa de pele, pirraça
De papel principal de uma
vida em preto e branco
Me deixa regar a vida como
quiser
Rememorar o passado que não
veio e devanear
Delinear o presente, remeter
o futuro por via postal
Asa azul de um anjo, que não
vai chegar
No vai-vem do que eu não sei
Revolução do raciocínio, coração
que não se percam jamais voz e coração
ResponderExcluir