terça-feira, 29 de abril de 2014

Guache

Errei o som da vez
Triste alegoria: chorar
Segredos sérios me faltam
Doces entes, docentes, jurados de amor

Ensaio meus talentos, volatilidade
Apaixono o sereno do frio
Arquiteto dos teus adereços
Da tua nova máscara, que é minha

Escorro preto de guache no banho
Reparo cabelos na rua
Canto feito tico-tico
Rezo, leso, e evoluo a minha cura

Disfarço a minha seriedade
Na dúvida da verdade, espero
Reparo ciclos e maldades
Revejo fotografias do meu hospício

Quebro gelo e loucura
Bebo contente e sozinho
Persono a tinta que é minha
Escolho um vestido curtinho

Encho o vazio da casa
De um tanto, tanto respirar
Sarau das forcas irrequietas

Recito alguns dos sobrinhos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?