Errei o som da vez
Triste alegoria: chorar
Segredos sérios me faltam
Doces entes, docentes, jurados de amor
Ensaio meus talentos, volatilidade
Apaixono o sereno do frio
Arquiteto dos teus adereços
Da tua nova máscara, que é minha
Escorro preto de guache no banho
Reparo cabelos na rua
Canto feito tico-tico
Rezo, leso, e evoluo a minha cura
Disfarço a minha seriedade
Na dúvida da verdade, espero
Reparo ciclos e maldades
Revejo fotografias do meu hospício
Quebro gelo e loucura
Bebo contente e sozinho
Persono a tinta que é minha
Escolho um vestido curtinho
Encho o vazio da casa
De um tanto, tanto respirar
Sarau das forcas irrequietas
Recito alguns dos sobrinhos
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