Pinta os olhos de saudade
E procura um lugar para confortar
Abrem-se as comportas
Chovem chuvas que pingam pontuais
Cada qual com o seu motivo
Cada qual com uma lembrança dela
Com um sorriso, com um aviso
Um abraço, um soluço, memória
Publiquem nos boletins que a vida não melhorou
Do meu desacreditar em Deus, faço a minha fé
Aos poucos, testo o meu reflexo textual
Aos poucos, a vida finge que é normal
Do meu trono,
desmorono o pensamento
Desmarco o despertador e os compromissos
Tudo isso, desde que você se foi
Respeito, todavia, o sorriso alheio
Ignoro as passagens cotidianas
Ensaio olhos marejados
Descompassos desmedidos
Recobro o pagamento, corpo contido
Cantem por mim... qualquer canção de amor
Reparem no rubor dos céus, quando ele vier
Espero mais um motivo
Espera por mim que eu vou te ver
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