quarta-feira, 22 de maio de 2013

Dolce suzy

Ando percebendo o corpo
Caindo pouco, Caicó, caí só
As mães que abraçam seus filhos também vestem preto
Posso falar sozinho, ou só comigo

Sou filho da mãe, sou filho da puta
A estrada dos amados sós é só ligeira
Passageira da emoção, razão do caminhar
A gravidez dos sem-poemas é tragédia

Comi insetos em silêncio
Parti os versos no último jantar, juntar
Enchi o saco cheio, esvaziei o vento
Apontei, com a ponta dos pés, a ponta do lápis

A liberdade da consciência é apócrifa
Hipócrita, aporética-atemporal
Os pés descalços não se acham debaixo do cobertor

A confusão das cores se junta aos gestos dos cafajestes
Nos digestos ingeridos, geri a gestação do indigente intransigente
Sob as luzes apagadas, quietas, cantei

Sou péssimo, mas o meu ritmo é meu: sou rei!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?