Saber amar o amor, com amor
Estirar a língua à linguagem, por modo de dizer
Por falta de modos
Deseducação
A sedução dos encantados reluz
Reduz, por ousadia, a bandeira que hasteia por vida
Não permeio Estados por prazer
Minha liquidez está em liquidação:
Batam palmas para o sólido-só coração do poeta
Na histeria cotidiana, na correria dos versos
Senhor dos compassos instalados no peito
Na inquisição dos incautos: cacarejo
Melhor ser estranho, de tanto tudo que vejo!
Sons enigmáticos: não percebo mais
Não pereço à paz dos bárbaros animais
À liturgia fechada, inesperada, me exaspero
Espero que o resto
seja rito, seja rijo, hétero ereto
Desfilo meu destilar pelo desfiladeiro
Indago, ameaço, desafio
Desatino feito aço, morro de frio
Três velas acesas não bastarão para anunciar a minha chegada
Demorarei!
Desmoronarei morros de meros meirinhos
Moinhos selados, fiascos de vinho
A cada palma insana, profano carinho
Sou alma poeta
Vestida de linho
Vestida de linho
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