sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pêssego

Pessoas psicopatas com suas psiquês
Pedem suco de pêssego no saguão
Passeiam no salão
Desfilam a transparência da minha alma

Como se eu não fosse nada
Mentem, sorriem, sofrem
E apertam-se, como se cada abraço fosse o último
Como se a chegada fosse a mais longa

Língua de lontra por minutos
Dos menores detalhes fundamentais
São os tais desmomentos
Os tais retratos de um mês!

Para cada barba mal-feita, um bem-feitor
Bem feito para a dor, bem-me-quer
Encurva-se e descobre um verso
Descubra-me, universo

Unindo e cingindo o Himalaia
Rezando e fazendo a tocaia
Perdoando enquanto mata
A saudade e os sentidos

Faz sentido tudo isso?
Faz sentido o soldado?
Faz abrigo no cortiço?
Faz abrigo em qualquer casa?

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