sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Papo de saguão

Acariciar o pedaço de couro não vai melhorar
Não irá brotar melhoria na noite
O teu choro não secará
A argila das maçãs da face

Faceta de um novo dia
Primavera que se abre com o sol do luau
Festas vazias batem cristais
Nem todo badalo é são

Nem todo templo é sagrado
Nem todo escravo é livre
Conversa, papo fiado
20 minutos de você!

Voa sobre a superfície 
Uma estrutura metálica
Pálida, lânguida, prenha
Venha como for

Traga meu amor e, de quebra, minha paciência
Leve a incongruência e os queixumes
Traga o doce paladar e o motivo da minha abstinência
Com a consciência de quem sabe como é bom pecar

Errar com você, às três da madrugada
Nenhuma pergunta no escuro
Nenhum suspiro perdido
Nenhuma gota maldita

Filhos que não virão! 
Memórias! Seguem as mentiras no saguão...
Memórias seguem as mentiras no saguão
Aceitas! Aceitas um pedaço de pão?

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