Enquanto
o dia acorda e me abraça
Eu
faço graça na cama e pirraça no teu coração
O
tempo voa e coroa este ingrato dramalhão
Solitude,
não: solidão!
Cadê
você que não veio mais?
Talvez
esquecida, talvez esquecendo
(Talvez
sim, talvez não, talvez tanto faz!)
Quando
te amei, fui escritor
Quando
você se foi, as ideias voaram juntas
No
teu peito, no teu parto, no teu quarto, nas tuas mãos
Não
posso te acusar de ladra,
Se
tu levastes de volta o que me destes por emprestado
Contudo,
devolve ao menos o meu riso
Que
esses versos de improviso não vão maquiar meu coração
Como
saber se a terra que retorce nesse sol,
Na
sequidão dos beijos (muito ou pouco)
Encontrará
a água no manancial da tua boca
Que
se encaixa no quebra-cabeça da minha
Que
se morde ao lembrar à tua,
Nua,
pura, crua,
Espera
de um rei que vencerá
Rei memoriam
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