De
cada amor, uma página de livro
Folheado
a cada estação de angústia
A
cada penumbra de frio
A
cada desagrado, desagravo
Fingindo
um novo amor
Ou
simplesmente folheando
Ando
andando tanto
Que
tenho me esquecido de amar
E desse
medo de amar
Eu
caio do primeiro andar sobre a imperatriz
Matiz
de um novo dia, de uma mesma página
Eu
quero uma flor de perfume suave
Um
ciúme de quem sabe que não faz mal
Caminha,
ainda que tarde
Ainda
me ardem esses “Parabéns”
Receio
que sejas flor nascida no deserto
Seguirei ainda andando
Não
me surpreendo
Meu
jardim de cactos
Tateia,
espeta o pensamento
E, em
alguns momentos, faz cair uma lágrima seca
Esqueça
que esqueceu de me esquecer
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