terça-feira, 21 de junho de 2011

O monge cretino


 Mestrado de carros batidos
De um coração mais dolorido
Enxerga o que não é para enxergar
Vai se entregar?

Do lado de cá tem umbigo
Do lado de lá um abrigo, que teima em me libertar
Todo passado faria com o mesmo amor
Removendo o incolor, vendo a casca colorida da vida
Por um preço camarada! Que nada!

Balela da baleia tão linda
E hoje, uma metade chora Pierrô
A columbina meteu a cara na cocaína
E se desprofetizou: quem errou?

Do triste trigo no campo: eu planto o pranto e pronto!
Ausência que pesa e a solidão que eu multiplico pelas ruas
Toma que não é tua
Leva nua, crua é a lua

Afagos, afetos, carinhos:
Olhinhos, beijinhos, ciuminhos
E outros inhos que já não cabem em mim
Por que a vida é assim?

Deste canastrão com nó na garganta
Que a gravata não enforca
Salvaria Tiradentes e mesmo assim
O Sr. Clemente riria de mim:
Palhaço!

De picaretagem e algodão-doce
Quem disse que fosse afoito no coice cretino?
Afeita à palavra e fraca no vinho
Quem disse que eu adivinho?
Seria o padrinho?

Trabalha o operário
Nessa nossa relação
Hora-extra e honorários
Desta infinita imensidão
Nãoooooo!!!

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