sábado, 29 de janeiro de 2011

Carta de (segundas) Intenções

Hoje eu posso falar
E te pedir desculpas por não ter dormido no hotel
Espero que você tenha chegado bem
E que eu consiga acordar a tempo de ir para o dentista

Enquanto isso... não desista! Eu falo em outros idiomas
Palavras que penso dizer um dia em português
A minha cara não nega que eu vou aprontar
Mas prometo deixar tudo no “fifty-fifty”

Vou trocar o meu chip para te paparicar
Às vezes é bom, mas não é este o caso
Já planejei aquele jantar, com os amigos em comum
E não me prenda se eu for o único do Brasil a pedir “socorro”

Eu quase morro em sentir
Que tudo é frio e noite sem o seu beijo-aquecedor
Ai! Que calor!
É tanta gente no meu quarto, tanto livro revirado, tanta história de amor

Vou ressuscitar aquela venda
Daí as coisas vão melhorar
Mas, até lá, não me atenda
Se eu não te telefonar

É que toda saudade é danada
Todo beijo é grande
E todo pensar é tanto
É você em todo instante

E não se espante se eu disser
Que já aprendi a rir melhor com você
É que a consulta foi desmarcada
E esqueceram me avisar

E das heranças malditas: esqueci
Já não como de marmita... coisas da reunião
Transferi meu gabinete
Na gaveta, um coração

Exausto das vicissitudes, testemunho de plantão
Cinco litros de gasolina e estarei colado às sete e meia
A Carlota é Joaquina
E mil saudades são mil beijos
Ai que desejo!!!

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