Não vou ficar de bar em bar
Vencendo as dores dos amores
malditos
Não quis ser chato da última
vez, mas acabou
Lamento os lamentos alheios:
agora somos nís
As cadeiras embriagam os
meus poucos sentidos
Meus muitos sentimentos
tardios
Alegrando o coração do
garçom
E de meia dúzia de gente do
meu perímetro
Serei sempre o seu amigo
Leal
Lenhador dos copos e traços
de corpos
Tradição da minha muita
gratidão
Nostalgia com cheiro de
nozes, sem ser Natal
Faz zum-zum no meu ouvido
A inspiração rítmica, que se
instala por mera sedução
Desabafa seus mofos para lá
Vai sofrer de amor longe de
mim
Rádio-poesia, confessionário
perfeito
Luz por entre as estrelas
que pilhavam a sequidão das garrafas
Sexo pouco, ou de “tanto faz”
Pensamento destrocado para o
guardador
Nudez oculta, retina maluca,
para nunca esquecer
Desafiando a alma e os fios
de cabelo que restam
Resta a peste e é tudo
Ela é tudo num ser só,
serminha
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que você achou deste artigo?