quarta-feira, 17 de julho de 2013

Despedida de solteiro

Querida, o arroz da nossa relação acabou:
Pode ir embora! Sem choro, sem volta! Sem voltas
De consolo, vide versos
Vou deixá-los assim! Vou deixá-los, assim como te deixei

Por um triz de tristeza
Pintei a chuva na ponta do meu nariz
Enquanto você guardava o sol da mão em segredo

Azar-zarolho: dois sonhos! Faz um seguinte:
Tenta me imaginar com a outra
Desejo azar na tua sorte, consolo forte: quase-morte!

Com amor, quero desaprender a querer
Dançar tango de tanga, de tanguinha!
Quero fazer dengo, deixar o corpo molengo, o copo vazio
Mudando a voz – (h)a(´) vós, vozinhas (bem baixinho) –
Disfarçar a dor do fundo do rio

Descobri que lá é ruim
E o Lau é legal
Lalau das palavras que ainda não escrevi
Riem os lelés, misturando Vitamina

Som frenético da falta de luz
Manifestam as despedidas de solteiro-acompanhado
Levarei uma delas conosco
E serei bendito-respeitado entre as quengas
No cio do ócio, da pecúnia que se projeta na lingerie

Fogo do bem! Desenho o meu sol de giz
E, assim, refaço a minha própria luz
A mentira, só, engana
Quando não tiver uma razão

Pelo menos, tenha um novo amor

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