domingo, 14 de julho de 2013

Absoluta mente

Sou um cara de grande boa sorte
Pretensão das palavras benditas
Mal interpretadas por mera distração
Que levem os sopros para longe

Que os gelos congelem os olhos
Amanhã trabalho cedo, de verdade
Adoro isso de desconectar mundos pelo telefone
A fome de amar, por vezes faz sofrer

Traga a taça para que eu trace o licor
Presente de um desamor contínuo
Aquece um maluvido cotovelo
Vinicius que traga mais um pouco de canela

Painéis de mim mesmo
E eu continuo me amando
Minhas paixões platônicas, de infância
Me acompanham em algum canto que não lembro

Intacto, por serenidade de vida
Estágio alcançado, louco-sereno-de-mi-mesmo
Meu outro eu não superou a perturbação polar
Suicidou-se em uma tarde de domingo, tranqüilo

Os sinais do corpo me lembram os vãos que ainda faltam percorrer
Darei chances a quem jogar dados no centro histórico
Manifestarei a histeria dos pombos da cidade
Frenéticos, para tudo, para sempre permitidos

Absoluta mente

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