sábado, 6 de abril de 2013

Dará


Noite ingrata
Que nem manifesta apreço aos meus votos de boa companhia
Que faz do silêncio um trovão que me rasga ao meio
E aperta o meu peito pela noite (ingrata)

Deixando, somente, o som do ventilador
Que ventila a dor do mundo, em um segundo
E faz mudo este quarto lunar

Quero acordar de manhã, nas tardes
Ou brigar com meu aparelho de barbear
Eu quero os versos sorrindo para mim

Como uma xícara de café
Que se esquece na prateleira do meu quarto
Enquanto eu me apronto para mais um dia
Enquanto mais um dia apronta comigo

Seria magia da intriga
Ou trigos que polvilham os cabelos
Que me dão imensa sensação de que já vivi um pouco mais
É pela paz ou pelo bem?

Faz desentender esses dois valores e sentido:
Amigo
Como quem faz guerra com o Sul da Coréia
E com o próprio umbigo

Não ligo! Não ligo se a paz não é minha
Não ligo se a guerra é tardia
Não ligo!

Não ligo seu amigo
Não ligo a televisão para dizer não
Se, do outro lado do oceano, um coração bate
Incomensurável pela amplidão dos desejos e destinos traçados

Escolhas de si mesmo
Escolhas de beijos e partos frios
Pelas fibras que não são de cabelo
Esqueceu! Talvez... dará...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?