quarta-feira, 20 de março de 2013

Se a sorte deixar


Jurei não te querer mais
Procurei a minha paz e tentei seguir, seguindo
Quando passas, os ais do meu ser se lamentam e choram
Se retorcem de dor de cabeça e se propagam no meu corpo como uma epidemia

Ah, como eu queria!
Ah, como eu queria que todos os versos não fossem para você
Que as músicas, não lembrassem o nosso querer, a nossa paz
O nosso tanto, tanto faz
Como é que faz agora?

Nessa noite, eu tentei fazer como se faz
Como normalmente se faz
E te vi com outro rapaz
Confesso: que o meu sentimento de posse deu lugar a uma possessão

Os meus olhos não piscavam ao ver sorrisos
Conversas ao pé do ouvido
E aquela mão que, como quem não quer nada, ia na tua cintura
Um cálice de vinho, de uma bebida quente, amarga

Que trouxe um nó à garganta e o final da esperança de que um dia poderíamos voltar a, pelo menos, nos falar
Mas era noite de festa, de saltos, de soltos, de soltas
De música, de poesia e de qualquer outro som

Me fiz de feliz, vesti minha roupa de “tanto faz”
E, muito embora meus olhos só vissem você na multidão
Fingi que eras transparente
Mas esqueci que não se mente para o coração

É complicada a versão dos hiatos e dos fatos que foram feitos fortes
Não entrego a qualquer sorte o azar do meu amor
Serei forte, se a sorte deixar
Cobrirei o corte, tentarei não chorar

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