Jurei não te querer mais
Procurei a minha paz e
tentei seguir, seguindo
Quando passas, os ais do meu
ser se lamentam e choram
Se retorcem de dor de cabeça
e se propagam no meu corpo como uma epidemia
Ah, como eu queria!
Ah, como eu queria que todos
os versos não fossem para você
Que as músicas, não
lembrassem o nosso querer, a nossa paz
O nosso tanto, tanto faz
Como é que faz agora?
Nessa noite, eu tentei fazer
como se faz
Como normalmente se faz
E te vi com outro rapaz
Confesso: que o meu
sentimento de posse deu lugar a uma possessão
Os meus olhos não piscavam
ao ver sorrisos
Conversas ao pé do ouvido
E aquela mão que, como quem
não quer nada, ia na tua cintura
Um cálice de vinho, de uma
bebida quente, amarga
Que trouxe um nó à garganta
e o final da esperança de que um dia poderíamos voltar a, pelo menos, nos falar
Mas era noite de festa, de
saltos, de soltos, de soltas
De música, de poesia e de
qualquer outro som
Me fiz de feliz, vesti minha
roupa de “tanto faz”
E, muito embora meus olhos
só vissem você na multidão
Fingi que eras transparente
Mas esqueci que não se mente
para o coração
É complicada a versão dos
hiatos e dos fatos que foram feitos fortes
Não entrego a qualquer sorte
o azar do meu amor
Serei forte, se a sorte
deixar
Cobrirei o corte, tentarei
não chorar
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