domingo, 15 de abril de 2012

Boa noite, amor!


Canto a vida com suas interrogações
Pontuando as frases com as exclamações vadias, vagantes de sentimento
Do momento ou do alento que decido te dar
Que decido limpar as cartas da mesa
Marcadas de nada, de olhos, espelhos

Dar chance, dar vida e cores alheias
Que não anunciam, nem são inventadas
São cores caretas, corretas, erradas
Como se os caminhos possuíssem setas
Como se a perna pedisse jornada

Jornal de nada... que me interesse
Que me pegue pela mão, abrindo um sorriso dentro da minha palma
Como se eu tivesse uma só linha
Um só nada! Nem arde, nem mexe, nem filme, nem fada

Espada decente permanece manchada
De água lavada, de menina levada
No sol das tuas pernas, no céu da tua boca
Começo uma guerra e não rimo com nada

Desfaço o universo, retiro a passada
Se for noite ou pé, flutuo na estrada
Que mal, madrugada? Então venha me pegar
E que seja como foi...
Amanha, bem cedinho, te direi: “Boa noite, amor!”

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