Canto a vida com suas interrogações
Pontuando as frases com as exclamações vadias, vagantes de sentimento
Do momento ou do alento que
decido te dar
Que decido limpar as cartas da
mesa
Marcadas de nada, de olhos,
espelhos
Dar chance, dar vida e cores
alheias
Que não anunciam, nem são
inventadas
São cores caretas, corretas,
erradas
Como se os caminhos possuíssem
setas
Como se a perna pedisse jornada
Jornal de nada... que me
interesse
Que me pegue pela mão, abrindo um
sorriso dentro da minha palma
Como se eu tivesse uma só linha
Um só nada! Nem arde, nem mexe,
nem filme, nem fada
Espada decente permanece manchada
De água lavada, de menina levada
No sol das tuas pernas, no céu da
tua boca
Começo uma guerra e não rimo com
nada
Desfaço o universo, retiro a
passada
Se for noite ou pé, flutuo na
estrada
Que mal, madrugada? Então venha
me pegar
E que seja como foi...
Amanha, bem cedinho, te direi: “Boa
noite, amor!”
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