terça-feira, 11 de outubro de 2011

O filósofo legal

Hoje eu não vou olhar pra trás
Véspera de feriado, eu tiro as vespas do armário
Faço tudo ao contrário, bato lata na cabeça
Não te peço que me esqueça, mas amanhã vou ser criança

E que se danem as rimas, as formas e as conformidades
Eu quero todos os raios na minha cabeça
Qualquer sensação nova, em qualquer estação
Qualquer coisa que não faça sentido, quem vai discordar?

Todo mundo tem um mundo todo para todar
E fico rindo à toa das palavras soltas
Sopa de letrinha, águas passadas
Estátua da vida errada, com bigode de francês
Filho de uma mexicana pura

Hoje, quando tudo pedir mais, vou dizer basta
Para toda puta santa, vou acreditar que é casta
Eu quero ver um rasta com a Bíblia na mão
Pregando um Maomé maluco, mameluco sem razão

Sofia, eu não acredito na pretensão
Não disponho da energia que te move sem direção
E o filos, que andou na fila errada... encheu a cara na parada
E entrou na contramão
Filosofia, hoje? Não!

A não ser que seja um chato
Que curta um barato, bem no fim da noite
Já não vou ouvir mais nada
Vou sentar na minha calçada e esperar o sol dizer:
Acorda pra escrever!

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