domingo, 16 de outubro de 2011

Fidel


Eu quero um par de perdões para poder achar o chão
Eu que bater na casa errada e encontrar a pessoa certa
Eu quero dizer a Dona Barata que o crime não compensa
E, se tudo der errado, eu vou rir do recomeço

Eu agradeço, mas tenho que partir
Se tudo é sinfonia, eu faço preces para dormir
É gato novo, o que não para de correr
O que é que vão dizer se nada disso acontecer

E leva a vida que te leva, e cai o sândalo na sandália
Escorrega em minhas pernas e vai bater lá na Itália
Amélia, não quero flores no velório
Se todo pico grande é rarefeito e oratório

Eu grito... do alto do meu monte
Toda histeria que sacie minha fome
Eu falo certo... e, por vezes, ando errado

Pinta a tua cara que eu te tiro um retrato
É comovente, a sombra do destino
Amarra o cabelo e balança o meu juízo
É referente! É um vício de linguagem!
Toda princesinha quer andar de carruagem

Daqui para sempre... é tudo tão eterno
Deixo destinado o dinheiro do meu terno
Para quem mente... eu tiro a minha roupa
Não me convidaram, mas eu ligo, sua louca!

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