quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nêga do Nego (négo)



Palavras de vista


Roberta, não deixe a porta aberta quando for passar
Rabisca um verso e sai cantarolando a alma sã
Que amanhã, de manhã, tudo cessa ao acordar
(e você pensou que eu iria servir um café para nós dois...)

Explode essa voz, arranca do peito esse vulcão
Aprenda a dizer NÃO: eu não vou aceitar!
Bate nas cordas átonas, estende com amor no varal
Ama com amor: prazer, A-M-A-R-A-L!!!

Seca a lágrima que te empresto o sal
Outra roupa, outra casa, outro amor
Ninguém vai saber que ainda mora no teu pensamento
Nêga: nega, ainda que por um só momento

Canta a última canção de Chaplin
Que eu vou entender o teu silêncio
Nessa multidão de solitários
Não me prove o contrário de quem não tem rima:
Fulgêncio, folgado, cubano, murrinha

Arrebenta, que amanha é sexta-feira
Encolhe a carranca derradeira
Sorri, com ou sem dor
E prova das frutas, dos calafrios, dos calos
Dos frios, dos tios, das mães, das mãos... soninho!
(é que toda primavera tem cheiro de hortelã)


Ass: um conhecido



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