quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O corpo estendido no chão

O mundo veio ao teu encontro
Desgraças nos versos a seguir eu conto
Fiz este algo errado e achaste portanto
Que tua tribo consolaria teu pranto

Também não te culpo
Trocavas meia-noite com meio-dia
Se escondia atrás do oculto
E o mundo não se importava com sua nostalgia

Ao invés de falar do filho, cria!
E isto tu não fazias
E não tinha mesmo o que fazer
Talvez seja por isso que eu não venha a te compreender

Como é que se abandona a vida?
E você que fazia isso e sorria
Talvez este riso não fosse alegria
Ou talvez fosse prazer de se esconder todo dia

Cadê o menino forte que mora nessa casa?
Será que saiu voando, segurando numa asa?
Tomara que sim! Tomara que não!
Não quero acreditar que seu corpo está estendido no chão

12/02/99

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