quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Fracassada

A pobreza do meu país
A pobreza da minha nação
Faz o cidadão europeu feliz
E nós, meros pensantes da solução

Enquanto os noticiários não ajudam
O culto ao comunicação sem graça
Um dia te faço sorrir, por um instante
Nem que eu use para isso meu dinheiro intolerante 

Não vou mais morrer
 É a única certeza do que posso te dizer
 Já não corro perigos de pioneiro
 Todos eles precisam do meu dinheiro

 Escravo do posto de gasolina
 Escravo do condomínio
 Escravo da Janaína
 E tudo mais que foge ao meu domínio

Nós somos escravos por herança
 E no fim do túnel, que não existe, encontra-se a esperança
Com o nome "F-R-A-C-A-S--S-A-D-A"
Permutada com valores, mas só os que não valem nada

17/02/99

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