Cecília! Esquece por um momento
Deixe que a torneira aberta apague o fogo aceso
Economize o teu sorriso com os infelizes: eles não merecem! É perda de tempo!
Esqueça, ainda, a oração de cada instante: Deus perdoa! Ele sabe!
A nova borboleta logo envelhecerá
E o céu de sempre é sempre cinza.
Lembra do nosso rosto tão fechado
Do nosso nome tão marcado, tão sofrido. Lembra!
Lembra do som da nossa voz, a sinfonia da agonia!
Lembra do ritmo do nosso pulso frenético
Porque o que necessito é ser como ser vivo
Vigiado pelos olhos cegos, traídos pela generosidade
Na certeza que a única coisa que nos pertence é o resto
Cecília! Esquece!
BRUNO VIANNA LEAL
17.08.2010
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