segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Feridos em nome de quem?


Imagine o cenário de uma guerra: inimigos por todos os lados, feridos de todos os tipos! Curativos por fazer, medicamentos a serem ministrados, famintos a serem alimentados e a preocupação de protegê-los dos inimigos que vem em sua direção. Qual seria o local apropriado para as pessoas que figuram nesse contexto?
Se você respondeu hospital (seja ele de guerra ou não) acertou parcialmente! É que não basta estar em um hospital: o cenário deve , obrigatoriamente, estar permeado de médicos e enfermeiros preparados, além de toda uma infra-estrutura adequada à ocasião. Além de tudo isso, essa reunião de pessoas deve estar sempre pronta para levar aos cansados e sobrecarregados uma palavra de esperança.
Agora, imagine-se dentro de todo esse contexto de guerra, sem esse mínimo aparato ao seu favor. Qual seria a sua sorte? Ou, ainda, imagine-se diante de um hospital de guerra no qual os médicos e enfermeiros são totalmente despreparados para qualquer atividade inerente ao que se espera de cada uma dessas figuras.
Qualquer semelhança com líderes despreparados, donos de currículos obscuros, não é mera coincidência. Como navios à deriva, eles desviam da rota e se perdem diante da necessidade de pregar mensagem para todos os ouvidos (“quem tem ouvidos para ouvir, ouça”).
Nessa Hollywood Gospel nossos Xamãs evangélicos tem-se tornado, em alguns casos, um intermediário entre Deus e os homens, práticas católicas e “reprováveis” em nosso meio. Se assim agimos, melhor seria o catolicismo, o qual toma por referência figuras nobres que marcaram suas épocas por gestos de altruísmo e serviço ao próximo.
Talvez o prisma não esteja tão claro ainda, uma vez que as feridas emocionais da liderança, bem como sua latente incapacidade, têm sido mascaradas pelo sentimento de onipotência, legalismo, farisaísmo.
 Ainda bem que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã (Lm 3:21-22), caso contrário estaríamos...

No amor de Cristo,

BRUNO VIANNA LEAL

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