Batem os acordes com a
leveza do artista
Sinto a tua ida, a minha
noite, meu ex-viver
Dizem que sou forte e que
para tudo existe um jeito
Mas hoje, nem que seja só
hoje: deixa eu pensar em você!
Chorar minha cama e os
objetos que não são meus
Sem casa e com a impressão
de que não pertenço a este lugar
Quem é só, só não
existe: não me canso de amar!
Rasga leve a voz de quem
ensaia murmurar
Pela estrada que me convém,
não há como voltar
Dos tropeços, eu me cuido, a
quem possa interessar
Correndo, não tenho tempo de
sonhar
Que se almeje a cordialidade
da brisa da praia
Que os vendavais derrubem os
castelos de areia
Para que eu possa aprender a
contemplar apenas os caminhos do frio
Vou beijar o pranto, até o
sono ninar
Um sigilo pela vida, um
sorriso pela morte
Como um nobre entardecer
Revolvendo-me, vou querer te
amar de novo
Prometendo não sofrer
Dessa vez é diferente
Reagindo, vou viver
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