quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Um sorriso pela sorte

Batem os acordes com a leveza do artista
Sinto a tua ida, a minha noite, meu ex-viver
Dizem que sou forte e que para tudo existe um jeito
Mas hoje, nem que seja só hoje: deixa eu pensar em você!

Chorar minha cama e os objetos que não são meus
Sem casa e com a impressão de que não pertenço a este lugar
Quem é só, só não existe: não me canso de amar!

Rasga leve a voz de quem ensaia murmurar
Pela estrada que me convém, não há como voltar
Dos tropeços, eu me cuido, a quem possa interessar

Correndo, não tenho tempo de sonhar
Que se almeje a cordialidade da brisa da praia
Que os vendavais derrubem os castelos de areia
Para que eu possa aprender a contemplar apenas os caminhos do frio

Vou beijar o pranto, até o sono ninar
Um sigilo pela vida, um sorriso pela morte
Como um nobre entardecer

Revolvendo-me, vou querer te amar de novo
Prometendo não sofrer
Dessa vez é diferente

Reagindo, vou viver

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