Se você sabia que iria
partir
Por qual motivo foi me
procurar?
Não me venha falar em ilusão,
nem se apaixonar
De agora em diante, decreto:
deixa rolar!
Passageiro da agonia da
esquina
Misturando prazer e dor
impensável
Ápice inaudível, apalpável refúgio
Promessas, pessoas,
premissas: sonhar!
Aprecio as ruinas ruins
Pela paz, pedi um gim gelado
Temperado, pra te acompanhar
Moça bonita, não reclama da
vida
Trabalho é catar conchinhas
no mar
Sopro no teu sono, pra te
aconchegar
Sopro em teu ouvido, pra te
devorar
Som que se repete: da noite
Mão que me adverte: açoite!
Carioca do açude velho, da
capital do Mororó
Que barra, que saia, saia
daqui!
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