quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Ruinas

Se você sabia que iria partir
Por qual motivo foi me procurar?
Não me venha falar em ilusão, nem se apaixonar
De agora em diante, decreto:  deixa rolar!

Passageiro da agonia da esquina
Misturando prazer e dor impensável
Ápice inaudível, apalpável refúgio
Promessas, pessoas, premissas: sonhar!

Aprecio as ruinas ruins
Pela paz, pedi um gim gelado
Temperado, pra te acompanhar

Moça bonita, não reclama da vida
Trabalho é catar conchinhas no mar
Sopro no teu sono, pra te aconchegar
Sopro em teu ouvido, pra te devorar

Som que se repete: da noite
Mão que me adverte: açoite!
Carioca do açude velho, da capital do Mororó
Que barra, que saia, saia daqui!

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