terça-feira, 21 de maio de 2013

Quando o mar balança


Eu vou gritar até a voz acabar
Paralisar o olhar e só te observar
Acreditar que a vida se renova
É a prova dos nove de Deus

Fé descartável, embalada com o rótulo de inabalável
Na inacabável melodia dissonante
Algo não estava no mesmo lugar quando eu cheguei
Fim de mim mesmo

Deus dos deuses dos céus e dos infernos
Seja lá em quem você acredita
Os anjos balançam no céu
Vivem em um mar de rosas, desde que chegou

Balança o mar (e o vendaval faz a onda me acertar)
Volte amanhã, se eu te chamar
Brilha o olho que eu faço uma reza sincera
Alheio ao sofrimento alheio,
Hálito de alho, boca de coentro

Vazam dos bolsões de roupa suja
Escapam pelos bueiros da noite
Derramam lágrimas dentro do meu ouvido
Duvido que os anos passem mais rápido que o relógio do guarda

Não vou atender as ligações,
Nem retornar as mensagens de texto e de voz
Vocabulário inútil
Me deixem em paz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?