sexta-feira, 31 de maio de 2013

Dois amantes

Dois amantes salivam o mesmo co(r)po
Rezam a reza juntos
Porque no jogo do amor
Quem perde ganha

E se arranha, e se assanha...
Por debaixo dos lençóis
Meu coração cansado vagueia de versos
De veias e de velhas paixões

Não há confusão no nosso olhar
Tentei seduzir, tentei me enganar
Tirar o brilho das estrelas
Jogar num mar tão cintilante e verde

Na cor dos teus olhos que batem poemas
De mil fantasias, pelas galerias dos corações bandidos, loucos
Pela madrugada errada, chata, quis desmemoriar

Quantos bueiros se abriram nessa porta?
Tu me disseste “te comporta, eu não quero mais chorar”
Quem foi que disse que as desventuras dessa vida

se apagam com as margaridas e com teu cantarolar?

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