quinta-feira, 28 de março de 2013

Desculpa à saudade


Senhora amor, quero me confessar
Quero, também, confeitos e amor eterno
Exijo um final para as arestas que restam
Exijo, também, surpresas e exageros

Isqueiro e uma isca de salmão
Um bom cabernet, depois de um cabaré
É que eu gosto de portas trancadas
Difíceis de entrar

Escancarada não tem graça, ninguém quer roubar
Peço orientações. Tatua a tabua das marés em meu rosto
Uma bússola na nuca e um sino no coração
Vale viver esperando um novo amor?

Não sei. É certo que a última “inquilina”, teimosa
Teima em ficar, teima em lembrar, em lamber, em me fazer chorar
Tenha a impressão que meu quarto merece uma nova organização
Talvez eu dê um novo corte no meu cabelo

Uma nova roupa, uma nova casa, uma nova solidão
Quantos ventos ventam paz?
Talvez um só... vai saber
Segue a vela, que vela o amor, e segue a direção do vento:
Eu que não sei pedir nada, também não sei perder

Desculpa!
Foi saudade!
Só saudade!
Que saudade!

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