quinta-feira, 14 de junho de 2012

Devolva a minha solidão


Ela passava e o seu perfume confundia o meu pensamento
Seria o bálsamo ou a bela, beleza, o que fazer?
Quantos anos serão necessários para que eu possa te ter?
Sem saber, sem secar, sem torcer... devagar...

Quantos segundos se passaram até eu te encontrar?
Quantas músicas tocaram nas nossas estações?
Quantos braços te apertaram? Quantos risos?
Quantas perdas? Quantos carinhos?

Em cada esquina que eu te encontrava com um novo amor
Com um novo rapaz... senhora da serenidade e da minha pouca razão
Perdão aos céus pela energia que transborda dos nossos corpos
Por cada levantar de copo, por cada acordar

Por quantas vezes eu te desejei? Por quantas vezes não te vi chorar
E hoje, senhora, menina, fui teu castelo...
E se demorei a sair da cama foi por não acreditar
Que todo momento tem hora para acabar

Será que você ainda pensa em mim?
Será que as janelas vão levar o som da minha voz até os teus ouvidos?
Se assim não for, devolva, ao menos, as minhas noites
Devolva, ao menos, o meu pensamento
Devolva a minha solidão

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