domingo, 16 de outubro de 2011

Vaca atolada


Eu estou nu, deitado no meu quarto
Uma melancolia ou um infarto eu aguardo
Eu estou farto das caras iguais
Eu tantos mil problemas, eu tenho fatos naturais

Não vou medir o metro do coice
Se quando eu levantar alguém vai bater essa poeira
Eu não menti, era apenas disfarce
Alguma garantia é melhor que o Iraque

Eu quero um blues, de preferência bem passado
Alguma energia e uma carteira de cigarros
Barato! Eu pago meu vício
Qualquer picardia é melhor que o precipício

Eu já falei que tenho medo da morte
Mas poucas alegrias vão sorrir para minha sorte
Eu não sei mais, agora é nada com nada
Quando eu abrir os olhos, alguém vai rir da minha cara

Deitado, querendo, moendo, sereno
Festa é fresta que não presta pra cartada
Eu tiro com elegância um parente dessa data
Nada, nada, se eu me permitir, amanhã é água passada

Sexo e ciranda, peitos e balanços
Bocas e escorregos, retratos do engano
Eu planto, eu canto, e se algum pilantra quiser me envenenar
Eu sinto muito... não vai dar...ling!!!

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