quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Deletério eventual


Ainda que eu não consiga dormir por você
E que a recepcionista ligue desmarcando os relógios e destinos
Ainda que alguém tenha se esquecido de me avisar
Por favor, transfira a mãe, se a puta vier a calhar!

Fui capaz de esquecer o meu próprio nome
De esquecer a reunião com o amor
E ao cair de sono pelos teclados
Sentindo-me apenas mais uma tecla do Grande Pianista
Dá-me uma pista!

E se te parece redonda à volta, te faço quadrada
E se levo o meu querer contigo, empacoto o gelado frio
E se as diárias baratas não me permitem o sedex: relax!
Se a ficha ainda não caiu, somos modernos
Nossos telefones não aceitam nem mais um cartão

Não se preocupe: antes de afundar, Pedro andou!
Mas não corra! Um quarto de lua vai te fazer sorrir
E se te abraço no travesseiro, esqueço as travessuras
E se atravesso o pensamento, refaço tua cor

A paixão tem dessas coisas
Faz criança a cada meia hora e perfuma o jardim de Deus
Primeiro preenche de vento o espaço do grande vazio do tempo
Depois explode e mostra a sua flor

Tudo que é bom é novo e, de novo, ao se esgotar: renovo
São probas as mil pendências e eu, já com paciência, não paro de lutar
Ânimo renovado, animo o som do dia: nova melodia
Fecho os olhos e penso em você!
Se der verso, por favor, me avisa, meu saber!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?